quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Será que recordas?


Será que recordas?
Da boneca na mão, no chão os retalhos, na idéia um modelo e na etapa final satisfação...
Será que recordas?
Do vestido de chita, maquiagem bonita, sapatos calçados e a bronca das nossas mães...
Será que recordas?
Das grandes pancadas, das letras trocadas, da “muler” em mim?
Será que recordas?
Da primeira bicicleta, e a aprendiz de “patins” nos trilhos trocados, da rua sem fim...
Será que recordas?
Dos passeios no fim de tarde, da fruta mordida, nos casos contados e abraços marcados?
Será que recordas?
Das flores cuidadas, dos cantos ensaiados, figurino folgado, Ahh! Atrizes sem fim!
Será que recordas...?
Das mãos esticadas e nunca alcançadas no abraço apertado, da árvore bonita? Einh? Recordas?  Da pergunta:
– Quanto tempo será que ela vive?
– Isso eu não sei, mas já pensou nos bem velhinhas sentadas na árvore? (risos)

Mas com certeza esta frase jamais sairá da memória:

Amiga querida, 
Amiga fiel,
Seremos amigas
Na terra e no céu!

E agora o tempo corrido... Os braços cumpridos... Ah eles alcançam! Sim, Alcançam!!! O abraço apertado que o destino separou, enfim...


A árvore:

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Perfeição?

Todos desejamos na vida alguns sonhos com intencidade. Nas falhas em busca da sua realização nos vem a mente o que deveriamos ter feito para que esse sonho se realizasse perfeitamente como na nossa fantasia. Mas o que é ser perfeito? Qual o significado de perfeição?


Significado de Perfeição: 

s.f. Qualidade do que é perfeito em seu gênero.
S.f.pl. Qualidades da alma e do corpo.

 

Como fazer um sonho perfeito, se nas estúpidas vontades se deseja a imperfeição?

Concordo plenamente com Fernando Pessoa:


"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito".
 
 

 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Desabafo...

     Ah ouvidos! Benditos ouvidos! Que se enganam sobre as semelhantes silábicas, e fazem doer [no fundo d'alma] o engano sentido.
     Ah sentido! que percebeste o engano das trocas silábicas e palavras. Não seria mais fácil ficar na "fantasies"?
     Doce veneno! Amargo engano! que trouxe a felicidade e depois lágrimas pôs-se a correr sobre a face.

 
Quer viver comigo?
Quer correr comigo?



     Pobre engano! Que até os olhares foram confundidos. Aquele doce olhar e mexer de lábios, nada diziam a não ser supérfluos.

Carina Santos.

Conhecendo o Amor.

Não chores menina
Que a tua dor termina 
Ao nascer do sol.

Mas o sol demora
E meu coração implora
Um pouco de atenção.

Quem te feriu menina
Tão doce e pequenina
Qual a tua aflição?

Minha infância perdi,
E agora que cresci.
O bendito amor conheci.

O pequenina, frágil menina
Verás enfim, que a tormenta passa
Com um conhecimento assim.


Carina Santos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Amor então também acaba?

Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Será que só existe nos Livros??

"Antes de você, minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas haviam estrelas - pontos de luz e razão... E aí você apareceu no meu céu como um meteoro. De repente, tudo estava pegando fogo; havia brilho, havia beleza. Quando você não estava lá, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou escuro. Nada havia mudado, mas os meus olhos haviam ficado cegos com a luz. Eu não conseguia mais ver as estrelas. E não havia mais razão pra nada".

 

 

Será que existe um amor assim??

Minhas esperanças é que

não seja apenas "FANTASIES"... 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tempo, tempo...

           Dizem que o tempo cura tudo...

              Será que cura mesmo?

          Então cura minhas feridas, tempo,

               Tô dependendo disso!

domingo, 15 de maio de 2011

     Por várias vezes me repreendi quando cheguei a conclusão  de que as pessoas buscam apenas o seu bem estar. Não se preocupam com os outros e nem sentem quando veem que precisamos de auxílio, precisamos de presença. Quando o homem vai aprender que não é possivel vier só? Que estamos nesse mundo para aprender uns com os outros... Não se aprende a viver sozinho! Se o fosse Deus não nos teria feito "feminino e masculino", e nem teria nos possibilitado a reprodução das espécies. Ele nos teria feito seres únicos, sem ser conhecedores do amor. De que vale a vida se não houver o AMOR? 

"Não vale todo conhecimento do mundo se não soubermos viver o amor..." 



"(...)Ainda que eu tenha o Dom de profetizar
e conheça todos os mistérios e 
toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha
fé a ponto de transportar montanhas,
se não tiver amor eu nada serei (...)"

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fantasies... Apenas



(...) E então ele me levou para ver sua casa, mostrando-me cada cômodo com orgulho por terem sido contruídos pelas suas próprias mãos. Mostrou-me por útimo a varanda. Era um lugar alto onde estava construida a sua casa. Por aquele lugar era possivel ver a estrada de chão quese sem nenhum movimento e cercada de arbustos e flores. Me encontei no vão para olhar mais em baixo fascinada com o que via, quase me desequilibrando e caindo com minha total falta de firmesa para manterm-me em pé. Por sorte, suas mãos seguraram minha cintura evitando que me esborrachasse no chão. Ele me virou de frente para ele e olhou direntamente nos meus olhos. O vento “cumplice dele” jogou meus cabelos encaracolados para frente tapando o lado esquerdo da minha face, propiciando a portunidade daquelas mãos grandes e fortes tocarem meu rosto e ajeitar os meus cabelos atrás da orelha, trazendo natural e casualmente o seu corpo para mais perto do meu. Eu com minha incensante mania de prender a respiração a cada vez que fico nervosadevo ter ficado esbranquiçada por ele ter tomado aquela ação.
Senti uma forte dor no estômago e quando percebi estava no chão, apoiada a cabeça em seus braços fortes e máculos. Seu ouvido estava próximo a minha narina a fim de checar a minha respiração (dessa vez, inconcientemente respirei...). Tendo o som desejado em seus ouvidos ele virou seu rosto para o meu e fitou-me. Primeiro os meus olhos, depois meus cabelos (uma vez disse-me que eram fascinantes por serem tão negros, e tão ecaracoladamente natural – “Cai perfeitamente em você” – Disse.). Depois, olhou meu corpo estirado em seu colo. Segurou novamente a minha cintura e me apoiou fazendo-me sentar e recostar em seu ombro. Passou a mão pelos meus cabelos e acompanhou as suas curvas enrolando-os em seu dedo. Ele não disse nada. Uma só palavra. Mas compreendi que não era necessário. Ele entendeu... Entendeu meu desfalescimento ele sabia a força que exercia em mim.
Com suavidade suspendeu-me em seus braços  e levou-me para o seu quarto. Acomodou-me em sua cama macia e com o seu cheiro... Levantou-se e pôs a fitar-me novamente, cada centímetro do meu corpo e parando em meus olhos. As palavras não se faziam necessárias. Ele me desejava e eu também o desejava. Mas sabíamos que não era permitido... “NÃO ERA PERMITIDO”. Tentávamos sempre nos convencer, sem sucesso... Ele sentou-se ao lado da cama que estava deitada, Pegou em minha cintura, depois foi desviando para o meio dos meus seios e chegando ao meu rosto. E finalmente saíram algumas palavras, já previstas em nossos olhos:
-- Quero te beijar – Disse ele com a voz suave como algodão
-- Então beija...

Com respeito e amor, seus lábios tocaram os meus e selaram um sentimento de ambos naquele dia. Apenas aquele, Nós podiamos...     

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um Amor (naturalmente) impossível...



(...) Como eu posso simplesmente fingir que não penso em você? Eu estaria negando meus prórios instintos, e nessa tentativa inútil de tirar sua feição da cabeça ao acordar de um sonho maravilhoso, que na verdade, já se torna uma útopia inerentemente natural. Me pego perdida no meu eu incostante. Por que tanta dúvida? Por que tantos sentimentos descontrolados dentro de mim vão direto ao encontro do meu estômago, me fazendo ignorar toda e qualquer fonte de subsistência?
E agora o que eu faço com esse amor proibido? Qual a razão da saudade que você me traz já é impossivel por causas naturais que fiquemos juntos?
Meu Deus! Pra quê se preocupar com uma sociedade que dita regras! Não existem regras para o amor. Existe apenas o sentir, só isso (...).


Carina

quarta-feira, 13 de abril de 2011

E agora, o que fazer?

     

     Durante muito tempo estive pensando no valor das coisas, e o valor que as pessoas dão a estes e a elas mesmas. E na busca insensante por respostas acabei que me decepcionando com o ser humano.
     Um dos maiores bens que possuímos é a FAMÍLIA. Fonte onde aprendemos a ser quem somos, que se torna a base sustentação da nossa personalidade, no entanto pude perceber o quanto essa base vem se declinando... É visível a quantidade de crianças, adolescentes e até mesmo adultos que estão desordenados com o mundo e consequentimente não tomam consciência de seus atos. Acho que é exatamente essa a resposta de tantas atitudes desumanas! A falta de Amor Familiar, a falta de atenção... O que acontece com as pessoas, Afinal amar é tão fácil quando se permite! Mas existe aqueles que não se responsabilizam pelos seus atos e deixam seus filhos a mercê da vida num mundo tão complicado.
     As crianças são dádivas de Deus. E benção na vida de muitos! O que acontece com certas pessoas para não ser capaz de amá-las? O que faz mães as jogarem rio a baixo? O que se passa na cabeça desses seres em fazer tamanha maldade?
     A resposta dessas perguntas, infelizmente eu não tenho, aliás acredito que não há justificativa para atos tão desumanos. Fico desordenada com tanta bagunça. Mas o que fazer? Que atitude tomar? Será que estamos mesmo condicionados a ver tudo isso e não poder fazer nada pelo resto de nossas vidas?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma Criança e uma Adolescente/Mulher...

Eu: Você sabe que eu te amo... Então nessas condições não posso ficar aqui, acho que vou embora pra outro lugar, voltar de onde vim...

Criança: Não, não vai Káh... Eu vou na sua casa escondido... Não chora, não fica assim, eu prometo que eu vou te ver escondido!

Eu: Você sabe, meu anjo, que eu te amo, você sabe que eu jamais faria conta de te dar um pedaço de pão que seja, jamais faria isso...

Criança: Eu sei sim Káh... Aliás eu adoro a sua batata frita! (risos) Na sexta, quando ninguém estiver aqui, eu finjo que vou pra casa da minha vó e passo a tarde inteira com você, mas não chora!

Eu: Como não chorar? Pra mim não basta ter você só por alguns minutos e ainda por cima escondido, como se fosse uma pessoa que fosse uma má influência pra você, afinal é o que parece, depois das regras que seu pai pôs entre a gente. Eu não vou ficar aqui sofrendo isso, nessas condições!!

Criança: Káh, se você for embora, quem vai me ajudar fazer tarefa? Quem vai me levar pa tomar banho no Rio? Quem vai jogar bola comigo depois da escola? Quem vai me contar as histórias no fim da tarde? Quem vai fazer aquele arroz que gruda na parede pra eu comer? Com quem eu vou morrer de rir, por não saber contar piadas? Não, você não pode ir embora, EU NÃO FICO SEM VOCÊ!

Ele me abraçou e quem estava me pedindo pra não chorar, molhou toda minha blusa de chita...
Depois de tanta servência na vida dessa criaturinha de Deus, com poderia eu  recusar a esse pedido:   Não, você não pode ir embora, EU NÃO FICO SEM VOCÊ! (?)


Nesse momento, meu  instinto aflorou e percebi que, nem tempo, nem regras pode separar pessoas que possuem um grande afeto um pelo outro. Mesmo com tanto impecilho, tantas regras, tanta maldade no coração de quem cercava eu e aquela criança, uma coisa eles não podiam empedir: "eu de amá-lo e ele de me amar"!
 (...) Incondicionalmente....

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Soneto de Fidelidade

Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.